De acordo com o conselheiro
tutelar Alisson Pereira, a menina já esteve na delegacia depois de ser
levada por policiais militares e prestou depoimento no mesmo dia do fato. Ela
ficou sob os cuidados da mãe após liberação e fica agora à espera de
medidas protetivas determinadas pelo Poder Judiciário.
"A menina disse em depoimento à
polícia, no mesmo dia, que o padrasto estava bebendo na área de casa desde
tarde, teria começado por volta das 15h. Quando foi no fim da noite, eles
tiveram uma discussão. Ela disse que o homem falou mal do pai dela, já falecido,
o chamando de bandido, então partiu para cima dele, e começou a bater
nele. Numa ação de afastar ela, o homem teria a empurrado, fazendo com que ela
caísse e batesse com a boca numa cadeira", disse o conselheiro, conforme
relato da criança.
"Após se machucar, a menina disse que foi buscar uma faca e voltou a
confrontá-lo. Nesse momento, a vítima teria chamado ela de assassina, e foi
golpeado no peito com a facada. Ela disse que daria o segundo golpe, mas o
padrasto foi mais rápido e a desarmou. Porém, depois ele mostrou fraqueza,
ficou sem forças para reagir, sendo socorrido e levado para o hospital.
Tentaram ainda estancar o sangue", continuou Alisson Pereira.
O conselheiro tutelar explicou que
Rafael foi internado na unidade de saúde, mas não resistiu aos
ferimentos durante um procedimento cirúrgico realizado já no dia seguinte.
"Nós soubemos da morte dele apenas nessa segunda-feira. Agora a
menina está com a mãe, com medo de algum tipo de represália da família por ter
feito isso, mas até o momento não houve registro de ameaça. Então ela vai ficar
à espera da decisão do Judiciário que deve determinar medida protetiva",
afirmou.
O Conselho Tutelar também informou que
vai apresentar o relatório para o Ministério Público e o devido encaminhamento
do fato para inquérito da Polícia Civil. "Já estamos confeccionando para
apresentar notícia de fato ao Ministério Público, e também vamos encaminhar o
caso à Polícia Civil para a devida investigação. Uma terceira medida é pedir,
ao centro de referência para crianças e adolescentes, o acompanhamento
psicológico e social para a menina e a família".
A criança, que tem duas irmãs mais velhas, não denunciou nenhum tipo de
violência que teria sido praticada pelo padrasto anteriormente.
Fonte: TNH1
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