A Declaração de Líderes do G20 foi aprovada com consenso.
O texto foi publicado no início da noite desta segunda-feira (18), no site do
encontro de líderes mundiais.
A declaração
trata em detalhes os três temas prioritários do encontro (veja
abaixo), além de pedir o fim das guerras da
Ucrânia e na Faixa de Gaza e a taxação dos ultrarricos –
nomeados como "indivíduos com patrimônio líquido ultra-alto"– e de
levantar preocupações com a inteligência artificial,
entre outros temas.
Apesar de divulgar uma lista de ressalvas, o presidente da Argentina, Javier Milei, também aderiu à declaração. Devido às discordâncias anunciadas, havia a dúvida sobre a concordância do argentino.
Os três temas prioritários são:
- acordos para o combate à fome e à
pobreza – foi lançada oficialmente a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza;
- sustentabilidade e enfrentamento às
mudanças climáticas;
- e a reforma da governança global, com mais representatividade de países emergentes em órgãos internacionais – como a Organização das Nações Unidas (ONU), por exemplo.
Duas palavras incluídas
A
declaração foi sendo construída ao longo do ano, mas dois pontos provocaram
discussões finais dos líderes. Os encarregados da redação de um acordo final
foram os chamados sherpas, que dialogam em
nome dos chefes de estado e de governo.
De
última hora, houve a inclusão
de duas palavras em dois parágrafos diferentes, com o aval
final de todos.
Um dos
pontos foi incluir a palavra "infraestrutura" na
parte do texto que condena os ataques a "civis" em guerras.
"Afirmamos
que todas as partes devem cumprir as suas obrigações ao abrigo do direito
internacional, incluindo o direito humanitário internacional e o direito
internacional dos direitos humanos, e, a este respeito, condenar todos os
ataques contra civis e infraestruturas."
A outra
inclusão foi da palavra "especificamente" no parágrafo sobre a Guerra
da Ucrânia.
"Especificamente no que diz respeito à guerra na Ucrânia, ao mesmo tempo que
recordamos as nossas discussões em Nova Deli, destacamos o sofrimento humano e
os impactos negativos da guerra no que diz respeito à segurança alimentar e
energética global, às cadeias de abastecimento, à estabilidade macrofinanceira,
à inflação e ao crescimento. Saudamos todas as iniciativas relevantes e
construtivas que apoiam uma paz abrangente, justa e duradoura, defendendo todos
os Propósitos e Princípios da Carta das Nações Unidas para a promoção de relações
pacíficas, amigáveis e de boa vizinhança entre as nações."
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