Rafael, preso nesta sexta-feira (22),
ainda afirmou que o latrocínio foi cometido junto a um amigo, identificado
apenas como Bruno, que está foragido. O interrogatório foi conduzido pelo
delegado da Polícia Civil (PC) Thiago Prado.
No início, Rafael relatou que não
conhecia a vítima e que solicitou a corrida em seu próprio aplicativo, no
bairro Village Campestre.
“Eu
chamei pelo meu aplicativo mesmo, por volta das 3h da quarta-feira (20).
Embarcamos no carro em seguida. Ele (Bruno) foi no banco da frente e eu no
banco de trás. Foi aí que rendemos ele [Márcio], no Village, logo depois que
embarcamos. Ele [Bruno] amarrou as mãos, os pés, colocou no banco de trás e
logo pegou a faca”, narrou o preso.
Também no interrogatório, Rafael contou
que foi quem dirigiu o carro da vítima, um Onix preto. “Eu fui para o banco do
motorista, onde comecei a dirigir. Bruno já começou a torturar logo o cara,
para ele [Márcio] desbloquear a senha, mandar Pix, dizer onde tinha dinheiro”,
continuou.
O suspeito informou que um Pix, no valor
de R$ 90, foi enviado para sua conta bancária e que Bruno ficou com os
pertences da vítima, como celular, relógio e corrente.
Rafael continuou relatando que ele e o
comparsa ficaram "rodando" pela cidade, circulando entre Maceió e Rio
Largo, enquanto a vítima era "torturada" por Bruno, para que passasse
as senhas e efetuasse o Pix. Logo depois, os dois foram até o canavial no
Bendito Bentes, onde o crime foi consumado e a vítima falou que era evangélica
para não ser morta.
“Ela [vítima] pediu para não ser morta. E
eu disse, no banco da frente, que ela não ia morrer, que nós só queríamos
dinheiro e pertences. Só que o Bruno estava muito ‘afoito’, querendo fazer
alguma coisa com o Márcio. Foi ele quem fez”, confessou o suspeito, que
completou: "Bruno a puxou pelo pescoço e começou a dar facadas, dizendo:
'Você vai morrer'. Bruno estava drogado e eu estava tranquilo”.
“Ela [vítima] começou a gritar que era
evangélica”, acrescentou, falando da vítima.
No interrogatório, Rafael reforçou também que não tem participação na morte e que só ajudou Bruno a render o motorista por aplicativo, sem ter amarrado a vítima. “A intenção era roubar e não fazer isso [crime]. Eu não tenho essa crueldade”.
Fonte: Gazeta Web
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